O casarão

A relva regada bem cedo, nas manhãs mornas de Verão. O gato sorrateiro que, ao final da tarde, entrava para a visita rotineira. As refeições em finais de dia quentes, no pátio de pedra. Os jogos de esconde, secretamente permitidos, nas noites com menos gente. O cigarro frio, fumado sob o Sol de Novembro. Os contos desfiados no calor do sótão, em dias de frio e chuva. A alegria da chegada e a despedida calorosa. As portas todas abertas e as portas todas fechadas. Os novos e os velhos. Os gatos e os ratos. E a luz, toda aquela luz. Azul e rosa. Laranja. Dourada, azul.
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